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MARIA ARMINDA “É preciso regularidade independentemente da política da universidade” Desde que a Edusp foi reformulada, tem mantido não só um alto padrão do ponto de vista das publicações, da escolha do seu material, mas uma regularidade do ponto de vista editorial. Mil títulos não são pouca coisa. É preciso ter uma editora que tenha regularidade independentemente da política da universidade, da gestão, da mudança dos dirigentes; é preciso ter claro que essa editora é um patrimônio. Isso tem um profundo significado para as universidades públicas; elas ainda centralizam bastante a produção científica, a produção intelectual, a formação de qualidade em graduação, em pós-graduação, que está quase que absolutamente concentrada nas universidades públicas. E a Universidade de São Paulo tem liderança em todo esse processo. Portanto, a palavra que uma universidade dessa qualidade produz precisa ter uma editora que a represente bem. Há uma multiplicidade de funções que uma universidade desempenha. Essas funções são de vária ordem, e é claro que as funções de formação, graduação, pós-graduação, produção científica, são centrais; mas não basta isso, é preciso ter os canais a partir dos quais essa riqueza intelectual possa escoar. E a Edusp tem esse papel. Nós que formamos o conselho é que damos na verdade o placet final, a decisão final a respeito das edições. E o que se leva em conta? Primeira coisa: a qualidade do que é apresentado. E, claro, a representatividade também dentro da universidade. É uma lógica que segue os mecanismos de ordem acadêmico-intelectuais. Há certas áreas de produção mais especializada, hipercientífica, que ficariam prejudicadas se seguíssemos imediatamente a lógica do mercado. Maria Arminda do Nascimento Arruda, cientista social, professora de sociologia da USP, integra a Comissão Editorial da Edusp