|
|
|
|
|
|
Serviço
de
Atendimento
ao Cliente |
(11) 3091-4008
08:30 as 17:30 |
|
|
|
| |
|
|
DESTAQUES BIBLIOGRÁFICOS EDUSP |
| |
| |
|
|
Saudades de Rosa e Sertão Germano Neto Edusp/Imprensa Oficial, 256 págs. – R$ 120
Ensaio fotográfico
inspirado na
leitura do romance
Grande sertão:
veredas, com imagens
de rara força
poética sobre o
cenário e os personagens
que gravitam
no imaginário fabular de Guimarães
Rosa. As fotos não retratam apenas uma
leitura possível da ficção do autor de Sagarana,
mas oferecem ao leitor um pouco da
bela, variada e sofrida realidade do sertão
mineiro, com suas terras calcinadas, suas
moradias pobres, a vida dos boiadeiros, as
águas represadas para a irrigação da grande
monocultura de soja ou eucalipto, o cotidiano
de populações que se desenraizam,
a beleza quase mística do rio São Francisco
e dos buritis. Para legendar as fotos, Germano
Neto selecionou trechos da obra de
Guimarães Rosa que estabelecem um diálogo
preciso e inteligente com as imagens.
Segundo Adélia Bezerra de Menezes, que
assina a apresentação do livro, o fotógrafo
“não foi à cata de pitoresco e de paisagem-
cartão-postal, mas de um movimento
de comunhão profunda e de comprometimento
com os homens do sertão e com seu
mundo, em toda sua rascante beleza, força
e fragilidade”
|
Ouro Vermelho – A Conquista
dos Índios Brasileiros John Hemming Tradução de Carlos Eugênio
Marcondes de Moura
Edusp, 816 págs. – R$ 110
O título deste rigoroso
e detalhado estudo de
John Hemming foi extraído
de um comentário
do padre Antonio
Vieira (1608-1697), segundo
o qual o objetivo
dos colonos ao capturar
os índios era “extrair de
suas veias o ouro vermelho que sempre tem
sido a mina daquela província!”. Hemming
acompanha minuciosamente a história das
populações indígenas brasileiras desde o
início do processo da conquista européia,
em 1500, até a expulsão da Companhia de
Jesus, em 1760. Para tanto, o autor se valeu
de amplos estudos sobre as tribos brasileiras
e análises historiográficas do período
colonial. O autor participou de muitas expedições
entre tribos indígenas brasileiras,
nas décadas de 1960 e 1970, e foi diretor do
Projeto da Floresta Tropical de Maracá, um
empreendimento de pesquisa multidisciplinar
voltada para uma ilha fluvial em Roraima,
em 1987-1988. A partir desse confronto
com a realidade trágica do presente,
Hemming percebeu que a compreensão estava
na história de nossa formação. Na opinião
do autor, “no século XVI a história dos
índios brasileiros era a história do próprio
Brasil”. Com a colonização, a maioria desses
povos, de sua história e de sua cultura foi
simplesmente dizimada.
|
Direitos Humanos:
Referências Essenciais
Carol Devine, Carol Rae Hansen,
Ralph Wide Tradução de Fábio Larson Edusp, 488 págs. -R$58
Direitos Humanos e Estatística
– O Arquivo Posto a Nu Thomas B. Jabine e Richard P.
Claude (orgs.)
Tradução de Gilson César Cardoso de Souza
Edusp, 552 págs. – R$ 69
Educação em Direitos
Humanos para o Século XXI Richard P. Claude e George
Andreopoulus (orgs.)
Tradução de Ana Luiza Pinheiro
Edusp, 888 págs. – R$ 99
Lançados simultaneamente,
os volumes
dão continuidade à série
“Direitos Humanos”,
coordenada por Nancy
Cardia – conjunto único
na bibliografia brasileira
sobre um tema que
está na ordem do dia da
política internacional.
Publicados após o tomo
1 (sobre a questão da
cidadania na América
Latina) e a antologia de
escritos políticos que remontam
à Bíblia (tomo
2), os três títulos aprofundam
a reflexão a partir
de diferentes ângulos.
O livro sobre “referências
essenciais” (volume
3) apresenta a evolução
histórica do conceito,
discutindo a ação
de organizações intergovernamentais
criadas
sob a égide da Declaração Universal de 1948.
O volume 4 apresenta documentos que atestam
a importância da estatística como procedimento
de controle das violações e como
instrumento de reivindicação de gestões estatais.
E o título sobre educação fornece um
amplo painel de práticas – existentes e desejáveis
– que permitem inserir os direitos humanos
na agenda educacional, modificando
a percepção do mundo e criando novos
modelos de comportamento.
|
O Desenvolvimento Agrícola –
Uma Visão Histórica José Eli da Veiga
Edusp, 240 págs. – R$ 35
Paradigmas do Capitalismo
Agrário em Questão Ricardo Abramovay
Edusp, 296 págs. – R$ 42
Dois títulos de grandes
especialistas em economia
proporcionam
uma profunda reflexão
sobre os rumos do capitalismo
atual na esfera
da agricultura. O livro
de Eli da Veiga apresenta
informações fundamentais
sobre o papel
da agricultura no desenvolvimento
da sociedade
capitalista, sem
receitas ou esquemas
simplistas, com análises
dos processos de
modernização do setor
agropecuário que
prevaleceram nas principais economias do
mundo contemporâneo. Recorrendo mais
à história do que à teoria, o autor trata da
formação da agricultura moderna, descreve
suas manifestações mais avançadas
e algumas tentativas frustradas de copiálas
a partir da periferia do sistema, e por
fim aborda questões que ainda são obscuras
para a comunidade científica, de cunho
mais filosófico e conceitual. Em outra perspectiva,
o livro de Ricardo Abramovay procura
repensar a questão agrária brasileira
a partir de discussões teóricas e estudos de
caso com linguagem acessível ao leitor nãoespecializado
no assunto, demonstrando
que o empreendimento familiar moderno
não é sinônimo de atraso, de “pequena produção”,
ou de agricultura camponesa, como
se costuma pensar.
|
O Anti-semitismo nas Américas Maria Luiza Tucci Carneiro (org.)Edusp/Fapesp, 744 págs. – R$ 98
O ovo da serpente antisemita
não vingou
apenas em solo europeu;
também vicejou
na América, em países
como Argentina, Brasil,
Canadá, Chile, Cuba,
Estados Unidos, México
e Uruguai. Nesse
livro organizado pela historiadora Maria
Luiza Tucci Carneiro (que coordenada o
Arquivo Virtual sobre Holocausto e Antisemitismo),
o enraizamento do anti-semitismo
na era colonial e suas manifestações
modernas são analisados com ênfase
no período que culmina na fúria nazista e
na ambígua relação que os governos e instituições
americanas mantiveram com o
credo eugenista. Como observa Ivair Augusto
Ribeiro, no ensaio sobre os discípulos
de Gustavo Barroso (um dos próceres
da Ação Integralista Brasileira, movimento
nacionalista capitaneado por Plínio Salgado
na era Vargas), há diferença entre os
anti-semitismos religioso e racial – uma
distinção que seria cancelada a partir do
momento em que o sentimento antijudaico
vigente até a década de 1870 passa a ser
mobilizado por uma ideologia que serve
de alicerce para a extrema direita, em sua
luta contra o liberalismo e o comunismo. A
recepção americana dos Protocolos dos Sábios
do Sião (peça fraudulenta sobre uma
conspiração internacional dos judeus) e
de Mein Kampf (a cartilha anti-semita de
Adolf Hitler), documentos sobre os bastidores
diplomáticos na época da ascensão
nazista e estudos sobre os marranos ou
cristãos novos na América espanhola são
alguns dos itens desse painel que reúne
pesquisadores de vários países.
|
Maria Bonomi –
Da Gravura à Arte Pública
Mayra Laudanna (org.)
Edusp/Imprensa Oficial, 420 págs. – R$ 140
Síntese da trajetória
de uma artista
que transita entre a
gravura e a arte pública
– e que reflete
intensamente sobre
essas duas modalidades
de criação
–, o livro concebido
e organizado
por Mayra Laudanna reúne registros iconográficos
da obra de Maria Bonomi e textos
de seu arquivo pessoal. Destaca-se no
conjunto a reprodução da parte escrita da
tese de doutorado (defendida por Bonomi
na Escola de Comunicações e Artes da usp
em 1999) sobre arte pública, vertente que
ela consagrou com trabalhos em concreto,
solo-cimento e metal. A singularidade do
trabalho desta que é uma das mais importantes
representantes da gravura brasileira
aparece na seção com documentos e entrevistas
que mostram sua consciência estética
e técnica no confronto com o trabalho
de outros artistas. Do ponto de vista biobibliográfico,
o volume traz um minucioso
levantamento, feito conjuntamente pela
organizadora e pelo crítico Leon Kossovitch,
no qual o leitor pode acompanhar a
evolução de sua linguagem em exposições
individuais e coletivas, figurinos e cenários
para peças teatrais, cartazes, ilustrações e
capas de livros que representam a confluência
da gravura e das artes gráficas na trajetória
da artista nascida na Itália em 1935 e
radicada em São Paulo.
|
| | |