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DESTAQUES BIBLIOGRÁFICOS EDUSP

Saudades de Rosa e Sertão
Germano Neto
Edusp/Imprensa Oficial, 256 págs. – R$ 120

Ensaio fotográfico inspirado na leitura do romance Grande sertão: veredas, com imagens de rara força poética sobre o cenário e os personagens que gravitam no imaginário fabular de Guimarães Rosa. As fotos não retratam apenas uma leitura possível da ficção do autor de Sagarana, mas oferecem ao leitor um pouco da bela, variada e sofrida realidade do sertão mineiro, com suas terras calcinadas, suas moradias pobres, a vida dos boiadeiros, as águas represadas para a irrigação da grande monocultura de soja ou eucalipto, o cotidiano de populações que se desenraizam, a beleza quase mística do rio São Francisco e dos buritis. Para legendar as fotos, Germano Neto selecionou trechos da obra de Guimarães Rosa que estabelecem um diálogo preciso e inteligente com as imagens. Segundo Adélia Bezerra de Menezes, que assina a apresentação do livro, o fotógrafo “não foi à cata de pitoresco e de paisagem- cartão-postal, mas de um movimento de comunhão profunda e de comprometimento com os homens do sertão e com seu mundo, em toda sua rascante beleza, força e fragilidade”

Ouro Vermelho – A Conquista dos Índios Brasileiros
John Hemming
Tradução de Carlos Eugênio Marcondes de Moura
Edusp, 816 págs. – R$ 110

O título deste rigoroso e detalhado estudo de John Hemming foi extraído de um comentário do padre Antonio Vieira (1608-1697), segundo o qual o objetivo dos colonos ao capturar os índios era “extrair de suas veias o ouro vermelho que sempre tem sido a mina daquela província!”. Hemming acompanha minuciosamente a história das populações indígenas brasileiras desde o início do processo da conquista européia, em 1500, até a expulsão da Companhia de Jesus, em 1760. Para tanto, o autor se valeu de amplos estudos sobre as tribos brasileiras e análises historiográficas do período colonial. O autor participou de muitas expedições entre tribos indígenas brasileiras, nas décadas de 1960 e 1970, e foi diretor do Projeto da Floresta Tropical de Maracá, um empreendimento de pesquisa multidisciplinar voltada para uma ilha fluvial em Roraima, em 1987-1988. A partir desse confronto com a realidade trágica do presente, Hemming percebeu que a compreensão estava na história de nossa formação. Na opinião do autor, “no século XVI a história dos índios brasileiros era a história do próprio Brasil”. Com a colonização, a maioria desses povos, de sua história e de sua cultura foi simplesmente dizimada.

Direitos Humanos: Referências Essenciais
Carol Devine, Carol Rae Hansen, Ralph Wide
Tradução de Fábio Larson
Edusp, 488 págs. -R$58

Direitos Humanos e Estatística – O Arquivo Posto a Nu
Thomas B. Jabine e Richard P. Claude (orgs.) Tradução de Gilson César Cardoso de Souza Edusp, 552 págs. – R$ 69

Educação em Direitos Humanos para o Século XXI
Richard P. Claude e George Andreopoulus (orgs.) Tradução de Ana Luiza Pinheiro Edusp, 888 págs. – R$ 99

Lançados simultaneamente, os volumes dão continuidade à série “Direitos Humanos”, coordenada por Nancy Cardia – conjunto único na bibliografia brasileira sobre um tema que está na ordem do dia da política internacional. Publicados após o tomo 1 (sobre a questão da cidadania na América Latina) e a antologia de escritos políticos que remontam à Bíblia (tomo 2), os três títulos aprofundam a reflexão a partir de diferentes ângulos. O livro sobre “referências essenciais” (volume 3) apresenta a evolução histórica do conceito, discutindo a ação de organizações intergovernamentais criadas sob a égide da Declaração Universal de 1948. O volume 4 apresenta documentos que atestam a importância da estatística como procedimento de controle das violações e como instrumento de reivindicação de gestões estatais. E o título sobre educação fornece um amplo painel de práticas – existentes e desejáveis – que permitem inserir os direitos humanos na agenda educacional, modificando a percepção do mundo e criando novos modelos de comportamento.

O Desenvolvimento Agrícola – Uma Visão Histórica
José Eli da Veiga
Edusp, 240 págs. – R$ 35

Paradigmas do Capitalismo Agrário em Questão
Ricardo Abramovay
Edusp, 296 págs. – R$ 42

Dois títulos de grandes especialistas em economia proporcionam uma profunda reflexão sobre os rumos do capitalismo atual na esfera da agricultura. O livro de Eli da Veiga apresenta informações fundamentais sobre o papel da agricultura no desenvolvimento da sociedade capitalista, sem receitas ou esquemas simplistas, com análises dos processos de modernização do setor agropecuário que prevaleceram nas principais economias do mundo contemporâneo. Recorrendo mais à história do que à teoria, o autor trata da formação da agricultura moderna, descreve suas manifestações mais avançadas e algumas tentativas frustradas de copiálas a partir da periferia do sistema, e por fim aborda questões que ainda são obscuras para a comunidade científica, de cunho mais filosófico e conceitual. Em outra perspectiva, o livro de Ricardo Abramovay procura repensar a questão agrária brasileira a partir de discussões teóricas e estudos de caso com linguagem acessível ao leitor nãoespecializado no assunto, demonstrando que o empreendimento familiar moderno não é sinônimo de atraso, de “pequena produção”, ou de agricultura camponesa, como se costuma pensar.

O Anti-semitismo nas Américas
Maria Luiza Tucci Carneiro (org.)Edusp/Fapesp, 744 págs. – R$ 98

O ovo da serpente antisemita não vingou apenas em solo europeu; também vicejou na América, em países como Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Cuba, Estados Unidos, México e Uruguai. Nesse livro organizado pela historiadora Maria Luiza Tucci Carneiro (que coordenada o Arquivo Virtual sobre Holocausto e Antisemitismo), o enraizamento do anti-semitismo na era colonial e suas manifestações modernas são analisados com ênfase no período que culmina na fúria nazista e na ambígua relação que os governos e instituições americanas mantiveram com o credo eugenista. Como observa Ivair Augusto Ribeiro, no ensaio sobre os discípulos de Gustavo Barroso (um dos próceres da Ação Integralista Brasileira, movimento nacionalista capitaneado por Plínio Salgado na era Vargas), há diferença entre os anti-semitismos religioso e racial – uma distinção que seria cancelada a partir do momento em que o sentimento antijudaico vigente até a década de 1870 passa a ser mobilizado por uma ideologia que serve de alicerce para a extrema direita, em sua luta contra o liberalismo e o comunismo. A recepção americana dos Protocolos dos Sábios do Sião (peça fraudulenta sobre uma conspiração internacional dos judeus) e de Mein Kampf (a cartilha anti-semita de Adolf Hitler), documentos sobre os bastidores diplomáticos na época da ascensão nazista e estudos sobre os marranos ou cristãos novos na América espanhola são alguns dos itens desse painel que reúne pesquisadores de vários países.

Maria Bonomi – Da Gravura à Arte Pública
Mayra Laudanna (org.)
Edusp/Imprensa Oficial, 420 págs. – R$ 140


Síntese da trajetória de uma artista que transita entre a gravura e a arte pública – e que reflete intensamente sobre essas duas modalidades de criação –, o livro concebido e organizado por Mayra Laudanna reúne registros iconográficos da obra de Maria Bonomi e textos de seu arquivo pessoal. Destaca-se no conjunto a reprodução da parte escrita da tese de doutorado (defendida por Bonomi na Escola de Comunicações e Artes da usp em 1999) sobre arte pública, vertente que ela consagrou com trabalhos em concreto, solo-cimento e metal. A singularidade do trabalho desta que é uma das mais importantes representantes da gravura brasileira aparece na seção com documentos e entrevistas que mostram sua consciência estética e técnica no confronto com o trabalho de outros artistas. Do ponto de vista biobibliográfico, o volume traz um minucioso levantamento, feito conjuntamente pela organizadora e pelo crítico Leon Kossovitch, no qual o leitor pode acompanhar a evolução de sua linguagem em exposições individuais e coletivas, figurinos e cenários para peças teatrais, cartazes, ilustrações e capas de livros que representam a confluência da gravura e das artes gráficas na trajetória da artista nascida na Itália em 1935 e radicada em São Paulo.

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