Esse trabalho aborda as propostas que nortearam a fundação e o prosseguimento das atividades do Museu Lasar Segall, projeto pioneiro de um centro de cultura como lugar de fruição do objeto de arte em um espaço de participação criativa. Discute também os estatutos do museu e os critérios de sua ação cultural, que manteve coerência com a obra engajada do artista. A partir da trajetória artística do próprio Lasar Segall, fortemente influenciada pelo expressionismo alemão, a autora elabora um perfil histórico da instituição, ligando o desenvolvimento das atividades ao contexto mais amplo da cultura brasileira na década de 70, época em que o autoritarismo político do país reprimia as formas de expressão artística. O livro traz um apêndice com a relação das atividades do Museu, que questionavam o papel social das artes, e depoimentos de diversos funcionários sobre este espaço, um dos pólos culturais mais ativos do país.