Murillo Marx é arquiteto formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Atua na área de preservação dos bens culturais e já ocupou diferentes cargos e funções públicas: diretor do DPH, vice-presidente do Condephaat, conselheiro do Museu da Casa Brasileira e da Pinacoteca do Estado e diretor do Instituto de Estudos Brasileiros da USP. É diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP desde 2002.
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A evolução dos espaços urbanos públicos brasileiros, tendo como roteiro o estudo do caso da cidade de São Paulo, é o objeto de análise deste livro de Murillo Marx, ilustrado com fotos de Cristiano Mascaro. A tese sustentada pelo autor é a de que o espaço público no Brasil sofreu um lento processo de secularização, no qual os cânones cederam lugar às leis, e o uso religioso das ruas diminuiu em relação ao uso mundano. Processo semelhante ao vivido em outros países europeus e sul-americanos, aqui teve maiores consequências urbanísticas. O conceito, o uso, o âmbito e o trato de ruas, praças e jardins são os quatro aspectos distintos que o autor elegeu para sua pesquisa, baseada principalmente no acervo da documentação oficial e eclesiástica, além de fontes históricas diversas. O interesse pela evolução das formas de apropriação do solo e a interpretação de suas características arquitetônicas podem contribuir para o maior conhecimento da paisagem urbana do Brasil e subsidiar a elaboração de futuras propostas.
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