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Em todos os países em que a agricultura não apenas se desenvolveu como contribuiu de maneira importante para a distribuição da renda nacional, as unidades familiares de produção tiveram papel decisivo. Longe de representar atraso econômico ou resquício do passado, a empresa familiar rural foi o núcleo básico da própria modernização do campo nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha e na Europa continental. Não há qualquer razão histórica que contribua para a visão dominante na América Latina – e particularmente no Brasil – de que a agricultura familiar seja sinônimo de precariedade técnica, estagnação econômica e miséria social. As discussões teóricas e os estudos de caso contemplados neste livro por Ricardo Abramovay são um convite para que a questão agrária brasileira seja repensada. Ao final de cada capítulo o leitor encontra conclusões e resumos pelos quais poderá localizar os assuntos que mais o interessam.
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