“Eu sempre preferi procurar a encontrar.” Essa frase mostra o desassossego em relação às técnicas e aos temas pintados por Flexor, artista formado pela escola francesa, que fez uma passagem paulatina da figura à abstração. A reedição desse estudo do pintor, desenhista, muralista e professor, acrescida de novas obras e de um ensaio introdutório de Nelson Aguilar, contribui para desenhar o quadro de reconstrução histórica do abstracionismo na arte brasileira. Os museus e centros culturais procederam à análise por meio de exposições e catálogos, em seguida foram publicados livros tentando avaliar como se deu o processo de introdução e afirmação deste movimento vanguardista na produção artística brasileira. O ensaio de Alice Brill permite acompanhar o caminho do artista em sua criação, a reflexão que produz sobre a abstração na arte, sua ação como professor e as marcas que sua personalidade deixou na convivência com os alunos, artistas plásticos para cuja formação contribuiu.