Eni de Mesquita Samara é historiadora dedicada à pesquisa dos estudos de gênero e da demografia histórica. Atualmente, é diretora do Museu Paulista da USP.
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A mão de obra livre no período colonial foi um recurso amplamente utilizado tanto nas áreas exportadoras como nos setores de serviços e abastecimento, ainda que nesse período a escravidão fosse a forma dominante de trabalho. Apoiando-se em vasta pesquisa documental, a autora procurou captar a complexidade social e de formas de trabalho que coexistiram regionalmente. Os agregados, livres pobres e libertos ocuparam setores econômicos em que geralmente não havia escravos, cumprindo um papel importante ainda mal dimensionado. Inicialmente, a autora apresenta as questões de uma perspectiva mais ampla, procurando compreender como livres e escravos coexistiram no mundo do trabalho e, a seguir, volta-se para as áreas de lavoura canavieira no Sul, focalizando a cidade de Itu, sua história e a de sua produção agrícola.
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