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A extraordinária imaginação poética de Álvares de Azevedo, provavelmente o maior caso de byronismo explícito das letras brasileiras, parece à primeira vista negar todo princípio regulador da forma, como se evidenciasse o conteúdo totalmente livre e expresso segundo o mito do “gênio”. Este livro discute a produção do autor romântico não do ponto de vista biográfico ou político, como muitos já fizeram, mas aprofundando-se no estudo de suas estratégias poéticas. A autora mostra que Álvares – culto e lúcido, embora muitas vezes confuso e livresco – não é o tuberculoso incestuoso das biografias psicologizantes, mas que há método em seu discurso.
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