Milton Santos foi professor da Universidade Federal da Bahia, da USP e de Universidades na Europa, na África, na América do Sul e do Norte, pelas quais recebeu o título de doutor honoris causa. Foi consultor da ONU e da OIT, de cujo Comitê para o Estudo da Urbanização e do Emprego foi membro diretor.
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Sustentado pelo método da formação socioeconômica e territorial, Milton Santos analisa alguns aspectos da aglomeração paulistana, cuja situação considera crítica, e indica tendências nem sempre valorizadas pelos administradores ou mesmo pelos pesquisadores. Aliando o método geográfico à economia política, o autor elege algumas variáveis em sua análise: o papel do Estado e sua ação corporativa; a distribuição de renda e os contrastes entre riqueza e pobreza; o crescimento e a crise econômica; o tamanho da cidade; a especulação e os vazios urbanos; o gasto público e a seletividade social e espacial; além das tendências da realidade atual. Descreve também o princípio da fragmentação do espaço, evidenciada pela capacidade de mobilidade da população nas questões de moradia e de transportes. Por fim, com base na tese desenvolvida neste ensaio, define a cidade de São Paulo como a “metrópole corporativa fragmentada”.
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