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PROJETO 
EDITORIAL|CIÊNCIA  |    |   
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Por que "ouvir estrelas"?  
Reynaldo 
Damazio   |   |     |    
  
 
 
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                           Edusp inaugura coleção 
                            de divulgação científica com 
                            livro sobre a natureza das galáxias 
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No 
Coração das Galáxias  Sueli M. M. Viegas   Edusp  
168 págs. – R$ 38
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  Primeiro título da coleção Desvendando a Ciência, 
No Coração das Galáxias, de Sueli M. M. Viegas, 
introduz o leitor em questões que obsedam o saber humano desde tempos ditos 
pré-históricos. Como, por exemplo, perguntas essenciais do tipo 
“de que é feito o universo” e “que lugar ocupamos nesse imenso cenário”?  
  De nossa perspectiva histórica e com os equipamentos tecnológicos 
disponíveis, já é possível compreender grande parte 
dos ingredientes envolvidos desde a urdidura das partículas elementares 
aos conglomerados de estrelas. Como numa sinfonia de dimensões infinitas, 
cada pontinho de poeira cósmica parece dançar com alguma harmonia 
e, para nossos padrões humanos, alguma beleza.    Utilizando linguagem 
clara, ilustrações, gráficos, glossário e exemplos 
de fácil entendimento, a autora apresenta temas que muitas vezes parecem 
espinhosos aos leigos, tais como: de que são feitas e como nascem as estrelas, 
o que são os controversos buracos negros, como se formam e se comportam 
as galáxias, como medir a distância entre corpos celestes, identificando-os 
a partir de distâncias astronômicas, e de que modo a ciência 
se desenvolveu a partir de questões desta magnitude?    O leitor 
se depara ainda com fórmulas, equações e conceitos de alta 
complexidade devidamente esmiuçados, o que demonstra não apenas 
a preocupação de tornar a informação acessível, 
mas igualmente o cuidado em desmistificar o hermetismo científico, que 
às vezes nos afasta de uma disciplina fascinante como a astronomia. Além 
disso, Viegas traça paralelismos interessantes entre assuntos teóricos, 
abstratos, com situações do cotidiano, demonstrando que a curiosidade, 
a pesquisa e a busca do conhecimento daquilo que nos rodeia é parte de 
nossa natureza e nos configura como seres pensantes. Noutras palavras, ela nos 
ensina que o conhecimento científico deve ser encarado como algo natural 
e que diz respeito à nossa presença no planeta, com seus desdobramentos 
por vezes dramáticos. O que, aliás, suscita outra questão: 
por que vivemos aparentemente isolados e solitários nesse labirinto cósmico? 
Daí o interesse em sabermos se existe outro tipo de habitante em qualquer 
recanto do universo.   
                      Entender as engrenagens de funcionamento das galáxias 
                      implica o conhecimento de nós mesmos e de nossa história. 
                      Por isso, a preocupação da autora em pontuar 
                      o longo caminho da ciência nessa área, desde 
                      as hipóteses filosóficas dos gregos, passando 
                      por descobertas e cálculos de grandes pensadores 
                      como Galileu e Newton, até chegar às contribuições 
                      brilhantes de Einstein e do suporte às pesquisas 
                      proporcionado por gigantescos telescópios, satélites 
                      e sondas espaciais. Tudo isso potencializado pelo uso dos 
                      computadores. A história do homem se confunde com 
                      a de suas descobertas e invenções científicas, 
                      para o bem e para o mal. 
                         Na opinião do coordenador 
da coleção Desvendando a Ciência, Francisco Lajolo, “a divulgação 
científica assume hoje papel fundamental no diálogo ciência-sociedade-governo. 
A partir das evidências, ela constrói significados, viabilizando 
interpretações que acabam, em última análise, desembocando 
em políticas públicas. O engajamento do cientista no discurso público 
é necessário e decorre disso o papel essencial da universidade na 
difusão científica à população”. Essa proposta 
aponta para a dimensão de cidadania envolvida na construção 
e no uso do conhecimento científico, o que também vale para qualquer 
tipo de conhecimento.    Assim como despertou a inquietação 
criativa de poetas, a luz emitida pelas estrelas e as intrincadas engrenagens 
que regem sua movimentação no espaço-tempo são também 
matérias fundamentais para a definição do sentido da existência 
humana.        
 
 
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